Desinformação aumentou 160% durante os períodos eleitorais

Desinformação aumentou durantes os períodos eleitorais

A desinformação em contexto eleitoral registou um aumento preocupante de 160% entre as eleições europeias de 2024 e as legislativas de 2025, segundo o estudo “Desinformação nas Legislativas 2025: atividade dos partidos nas redes sociais”, conduzido pela Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) em parceria com a Universidade da Beira Interior (UBI).

O relatório revela um crescimento significativo do número de ocorrências de desinformação no país durante o período eleitoral, com 4.514 publicações analisadas nas redes sociais entre 7 de abril e 19 de maio de 2025.

 

O trabalho da Lamares, Capela & Associados (LACA) no combate à desinformação

Desde a sua criação que a LACA assume a sua responsabilidade de informar o público da melhor forma possível através do seu site e redes sociais.

A divulgação de notícias no nosso blog acompanha as mais recentes alterações legais, garantindo que a informação aí transmitida é factualmente correcta.

Fruto desse compromisso, a LACA é regularmente chamada a pronunciar-se em plataformas de fack-checking como é o caso do POLÍGRAFO, para esclarecimento sobre a veracidade ou não de algumas notícias, tal como aconteceu aqui , aqui e aqui.

 

Envolvimento dos partidos

Entre as publicações analisadas no estudo, foram identificados 16 casos de desinformação diretamente associados a páginas de partidos políticos, dando origem à abertura de nove processos de averiguação por parte da ERC.

O partido CHEGA destaca-se como o principal difusor de conteúdos desinformativos, responsável por 81,3% dos casos identificados. Já o PS, PSD e CDS registaram uma ocorrência cada um, representando os restantes 18,7%.

 

Principais plataformas de disseminação da desinformação

  • Instagram (30,0%) e Facebook (28,9%) concentraram a maior parte dos conteúdos analisados.
  • Seguem-se o X/Twitter (22,8%), TikTok (9,8%) e YouTube (8,5%).

 

Formatos e tipos de desinformação

Os vídeos foram o formato mais utilizado na propagação de desinformação (56,3%), incluindo montagens, cortes e edições manipuladas. As imagens estáticas representaram 43,8% dos casos, sendo frequentemente usadas para divulgar resultados de inquéritos ou sondagens adulteradas.

Entre os principais tipos de desinformação detetados, destacam-se:

  1. Sondagens falsas ou divulgadas por entidades não registadas na ERC – 31,1%
  2. Textos de supostos órgãos de comunicação não registados – 25,0%
  3. Vídeos manipulados e publicações que atacam ou desacreditam a comunicação social – 18,8% cada
  4. Notícias adulteradas para criar perceções enganosas – 6,3%

 

Nível de gravidade dos conteúdos

  • 43,8% apresentavam baixo potencial desinformativo, sendo conteúdos amadores e de fácil verificação online.
  • 37,5% tinham potencial médio, com descontextualização de factos ou manipulação de dados.
  • Apenas 18,8% foram classificados como de alto potencial desinformativo, por conterem elementos totalmente falsos, muitos deles gerados por Inteligência Artificial (IA).

 

Alcance e impacto

As 16 publicações identificadas geraram:

  • 197.471 interações
  • 20.633 comentários
  • 12.368 partilhas

Além disso, nove vídeos ultrapassaram os 3,5 milhões de visualizações, sobretudo no Instagram e TikTok. O estudo estima que mais de seis milhões de utilizadores tenham sido expostos a conteúdos desinformativos.

 

Este estudo, realizado no âmbito de um protocolo entre a ERC e o LabCom – Unidade de Investigação em Ciências da Comunicação da UBI, evidencia o impacto crescente da desinformação em contexto eleitoral, bem como o papel das redes sociais na sua amplificação.

A dimensão do público alcançado e o envolvimento de partidos políticos na disseminação de conteúdo manipulador reforçam a urgência de medidas eficazes para promover a literacia mediática, reforçar a regulação digital e garantir a integridade do debate democrático em Portugal.

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