O período de transformação digital em que vivemos, acentuou o crescimento dos nómadas digitais, os quais têm vindo a utilizar cada vez mais as criptomoedas como forma de garantir uma maior flexibilidade durante a viagem.
As criptomoedas são um meio cada vez mais comum de gerar riqueza e realizar transacções online. Portugal é um dos poucos países no mundo que não tributa os rendimentos provenientes deste tipo de investimento, motivo pelo qual é considerado um dos paraísos fiscais mais atractivos da Europa.
A ilha da Madeira, em particular, tem-se destacado como um dos locais de excelência para nómadas digitais e para investidores activos em criptomoedas.
Recentemente, surgiu o Digital Nomads Madeira, uma iniciativa liderada pelo governo regional da Madeira e a Startup Madeira. O projecto instalou-se na Ponta do Sol e tem como objectivo criar uma comunidade de nómadas digitais no arquipélago.
Actualmente já existem 250 nómadas digitais instalados na ilha da Madeira. No entanto, aguardam ainda aprovação 4 200 pessoas, inscritas e interessadas em experienciar a Vila Nómada Digital.
Neste momento está a ser estudada a implantação de outro projecto em Porto Santo, que espera uma explosão de nómadas digitais no período posterior à pandemia.
Segundo o nomadlist, um site que inclui o ranking dos locais preferidos dos nómadas digitais, Lisboa é considerado o melhor destino para acolher esta comunidade. O Porto e a Ericeira encontram-se também no top 20 de locais mais populares.
Em Portugal ainda não existe um visto dedicado aos nómadas digitais. Ainda assim, os interessados podem recorrer a dois tipos de visto, como pode ler-se aqui.
Caso pretendam obter residência fiscal em Portugal, os investidores e nómadas digitais podem beneficiar do Estatuto de Residente Não Habitual, que isenta a maioria dos rendimentos de origem estrangeira durante um período de dez anos.