Com a falta de mão-de-obra em Portugal, as empresas portuguesas, cada vez mais, vão procurar lá fora, principalmente no Brasil, França e Índia.
José Miguel Leonardo, CEO da Randstad Portugal, diz que há falta de perfis CTEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática), juntamente com profissionais no sector da construção, como pedreiros ou eletricistas. “No ano passado não teríamos mais de 3.000 recém-licenciados em tecnologias de informação em Portugal, o que é claramente insuficiente para a transformação digital que está a acontecer nas empresas”, explicou José Miguel Leonardo ao ECO.
Paulo Ayres, manager IT software development na Robert Walters, reforça a ideia da falta de talento na área da tecnologia. “Com o aumento de centros de serviços partilhados e de startups e com o início de operações de empresas consolidadas globalmente — como a Google ou a Amazon, por exemplo — a mão-de-obra presente no país não é suficiente. É preciso atrair profissionais de outros países para responder à procura crescente de candidatos“.
A falta de incentivos, como salários médios baixos e a carga fiscal alta, são os principais motivos pela falta de mão-de-obra em Portugal. Com a crescente atração de investimento, que tem trazido para o país grandes empresas como a Google, é muito importante haver resposta para suprir as necessidades de mão-de-obra que esse investimento exige. Portanto, é necessário criar uma estratégia de promoção que seja atractiva e que consiga reter os talentos, valorizando as suas competências.