O investimento no imobiliário, aliado à procura crescente de cidadãos norte-americanos de Portugal como destino turístico, atingiram recordes históricos em Portugal.
Portugal entrou definitivamente na rota dos Estados Unidos: as relações comerciais, onde se incluiu o investimento no imobiliário e o trânsito de turistas (sendo os norte-americanos a nacionalidade que mais cresceu entre 2019 e 2022), atingiu números históricos, de acordo com os indicadores apontados na conferência ‘Turismo & Imobiliário no âmbito das relações Portugal / EUA’, que aconteceu recentemente em Lisboa (e organizada pelo Pestana Hotel Group e Câmara de Comércio Americana em Portugal, AmCham. A Lamares, Capela & Associados já tinha dado nota que os investidores norte-americanos lideravam o mercado imobiliário em Portugal através de fundos (Investidores norte-americanos lideram negócio imobiliário em Portugal).
Recentemente e no âmbito da conferência, as conclusões da mesma indicam que que no imobiliário, área geralmente associada aos Vistos Gold (Autorização de Residência para Atividade de Investimento, ARI), 12% do investimento em imobiliário, realizado em Portugal nos últimos dez anos, foi captado através de cidadãos norte-americanos (a juntar aos fundos de investimento). Em termos simplificados, simbolizam estes dados que a captação de investimento estrangeiro, concretamente dos Estados Unidos da América, atingiu valores históricos em Portugal.
De acordo com António Martins da Costa, Presidente da Câmara de Comércio Americana em Portugal -AmCham- a confiança e o grau de fiabilidade que Portugal transmite aos americanos, conduziu a que em 2022, os Estados Unidos da América fossem classificados como o maior investidor internacional, ultrapassando os franceses. “Os americanos não só são a fonte que está a aumentar mais o número de turistas e despesa de turismo induzida em Portugal com crescimento mais acelerado, como em termos de investimento imobiliário são os que têm maior presença, tendo passado para primeiro lugar”, explicou António Martins da Costa, citado pela imprensa portuguesa.
No âmbito desta Conferência, Patrícia Barão, diretora do Departamento Residencial da consultora JLL Portugal sublinhou que o investimento em Portugal, na área do imobiliário por parte de investidores norte-americanos, cresceu nos últimos anos, culminando com valores históricos em 2022: “houve uma evolução grande nos últimos cinco a seis anos em investimento no imobiliário comercial. No total, em 2022, o investimento americano foi de 1150 milhões de euros, representando 33,7% do total investido no país neste setor.
António da Costa Martins, Presidente da Câmara de Comércio Americana em Portugal – AmCham – realçou que “ os Estados Unidos da América evoluíram para primeiro destino das exportações portuguesas fora do espaço comunitário, e são hoje “um parceiro incontornável, pelo que tudo o que seja incrementar esta relação transatlântica traz benefícios para ambos os lados”. Os indicadores da AmCham revelam que, em 2022, a transação de bens e serviços em termos de exportação de Portugal para os Estados Unidos da América, atingiram valores de 9 mil milhões de euros; por outro lado no sentido inverso, registou-se um volume de negócios na ordem dos 5200 milhões de euros.
Além do investimento imobiliário, também as receitas turísticas diretas e indiretas por parte dos Estados Unidos da América, registaram um crescimento cem Portugal, em relação aos dados disponíveis de 2019, com 1,5 milhões de turistas norte-americanos a visitarem Portugal durante o ano de 2022, sendo que cerca de metade ficou em Lisboa.
O Presidente da Câmara de Comércio Americana em Portugal – AmCham – realçou que em 2021, o ranking dos “investidores que chegavam a Portugal através do Programa Golden Visa era liderado pelos Brasileiros, Franceses e Americanos, respetivamente. No entanto, em 2022, os cidadãos de nacionalidade americana lideraram a tabela”.