Portugal foi o terceiro país da União Europeia com maior percentagem de pessoas a adquirir a cidadania europeia, em proporção do número de estrangeiros residentes no país.
Cerca de 4,4% dos residentes estrangeiros residentes em Portugal conseguiram obter a cidadania portuguesa, percentagem que supera os 2,0% registados na globalidade da União Europeia. Acima de Portugal apenas a Suécia (7,0%) e a Roménia (4,7%) mostram taxas mais elevadas de naturalização.
O valor, divulgado pelo Eurostat, mostra que Portugal fica bem acima da média da União Europeia no que diz respeito a este indicador.
Do lado oposto da tabela, a Lituânia e a Dinamarca foram os países que registaram valores mais baixos, onde apenas 0,3% dos residentes estrangeiros conseguiram obter a cidadania no país em 2019.
Em causa estão 706.400 estrangeiros a quem foi concedida a cidadania de um Estado Membro da UE, registando um aumento de 5% em relação a 2018.
Este valor deve-se sobretudo ao aumento, em termos absolutos, na Alemanha – mais 15.200 pessoas receberam a cidadania alemã, em comparação com 2018 -, seguida pela Itália (+14.500), Espanha (+8.200) e Holanda (6.300).
Principais nacionalidades a adquirir a cidadania europeia
Considerando aqueles que não detinham nacionalidade de um país da UE, os Marroquinos foram os principais beneficiados, com 9% dos indivíduos a adquirir a cidadania nacional de qualquer Estado-membro.
Seguem-se a estes os Albaneses (6%) e os Britânicos (4%). Os Brasileiros, que ocupam a sétima posição (3%), veem Portugal e Itália como os países que lhes oferecem uma maior taxa de naturalização. Cerca de 73% dos indivíduos nascidos no Brasil conseguiram adquirir a cidadania de um destes dois Estados-membros.
Os Romenos (26.600 pessoas), os Polacos (12.600) e os Italianos (8 700) continuaram a ser os principais grupos de cidadãos da União Europeia a conseguirem adquirir a cidadania de um outro Estado-Membro – à semelhança do que aconteceu em 2018.
Os dados divulgados pelo Eurostat mostram ainda que em 2019, e na União Europeia, a maioria das novas cidadanias foram concedidas pela Alemanha (19% do total), Itália (18%) e França (16%).