O Global Peace Index 2023 coloca Portugal no ranking mundial dos países mais seguros, ao mesmo tempo que alerta para a queda da densidade populacional – mesmo com a tendência crescente de imigração – nos próximos anos
Todos os anos, o Institute for Economics and Peace, uma organização australiana sem fins lucrativos, sediada na Austrália, divulga o Global Peace Index que se traduz por um Índice Global de Paz ou, por outras palavras, de países pacíficos e seguros. Este estudo envolve 163 países e territórios independentes e avalia 23 indicadores, classificados em três categorias distintas:
- Militarização
- Segurança e Proteção
- Conflitos Domésticos e Internacionais
O Global Peace Index analisa igualmente os países mais perigosos do mundo, entre as várias variantes que compõem o quadro estatístico. De acordo com este ranking, os 20 países mais pacíficos do mundo, nos quais existe efetivamente segurança para os seus habitantes alternam de lugar, embora Portugal esteja em 6º lugar pelo segundo ano consecutivo e a Islândia lidera esta lista há mais de uma década.
Top 20 dos países mais pacíficos do mundo
- Islândia
- Nova Zelândia
- Irlanda
- Dinamarca
- Áustria
- Portugal
- Eslovénia
- República Checa
- Singapura
- Japão
- Suíça
- Canadá
- Hungria
- Finlândia
- Croácia
- Alemanha
- Noruega
- Malásia
- Butão
- Eslováquia
Na sua análise, o o Institute for Economics and Peace, apesar de considerar Portugal o 6º país do mundo (entre os 163 estudados), mais pacífico para viver, aborda as questões demográficas do País e afirma que “Portugal é diferente da maioria das outras nações europeias, na medida em que tem uma população cada vez menor e deseja que mais pessoas migrem para este país”. O documento refere ainda que as projeções atuais indicam que as estimativas apontam para um decréscimo da população residente: “9.877 em 2030 e 8.944.594 em 2050”. Apesar destes dados – elaborados pela organização australiana, no momento presente, classifica Portugal como um país pacífico, seguro (o que equivale igualmente a baixas taxas de criminalidade) e organizado, entre outras variantes como a capacidade de resolver conflitos domésticos e conflitos internacionais, dados que colocam o País acima de outros, como, por exemplo, o Japão, o Canadá, a Suíça ou a Noruega.
Já a Islândia, que ocupa o primeiro lugar nesta tabela há mais de uma década consecutiva, não é novidade para os autores da análise. Referem que neste país se conjugam fatores inegáveis como as baixas taxas de criminalidade, um sistema de educação exemplar, o facto de proporcionar bem-estar aos seus habitantes, aliado a uma economia no qual os pagamentos são justos em todas as profissões e ainda ao facto da tensão entre classes socioeconómicas ser praticamente inexistente.
Em segundo lugar neste ranking, destaca-se a Nova Zelândia, posição que ocupa desde 2014. O relatório sublinha fatores como a economia, os empregos e a educação e ainda a ausência de necessidade de intervenção das forças policiais. Logo a seguir – em terceiro lugar – aparece a Dinamarca, país que, de acordo com o relatório, se classifica particularmente bem em termos de estabilidade política, liberdade de imprensa, igualdade em questões de habitação e de Direitos Humanos.
Os piores países do mundo
O Global Peace Index, divulgado anualmente pelo o Institute for Economics and Peace, analisa igualmente os piores países do mundo, ou seja, em contradição com os mais pacíficos, aqueles onde não existe segurança, proteção, liberdade e ainda onde os direitos, liberdades e garantias não são respeitados ou são inexistentes.
Os 10 países menos pacíficos do mundo:
- Afeganistão
- Iêmen
- Síria
- Rússia
- Sudão do Sul
- República Democrática do Congo
- Iraque
- Somália
- República Centro-Africana
- Sudão